Il Grande Fratello Representa uma verdadeira revolução no cenário televisivo italiano, marcando o início de uma nova forma de contar a realidade através da tela. Nascido na Holanda como um experimento inovador, o formato trouxe consigo uma mistura de curiosidade, entretenimento e percepção humana que rapidamente conquistou o público. A chegada dos reality shows em Itália Não foi por acaso: por trás do sucesso estava a visão de quem soube captar o potencial de um projeto ainda desconhecido e adaptá-lo ao gosto do público italiano.
A primeira edição do Big Brother e o sucesso dos protagonistas
A primeira edição do Grande Fratello exibido de 14 de setembro a 21 de dezembro 2000, com Daria Bignardi para gerenciamento e Marco Liorni como correspondente. Entre os dez concorrentes, Cristina Plevani conquistou a vitória, enquanto Salvo Veneziano e Pietro Taricone se destacaram por sua popularidade; este último se tornou um verdadeiro símbolo do programa até sua morte prematura em 2010.
O programa também apresentou momentos icônicos, como o romance entre Taricone e Plevani, que inicialmente gerou preocupações entre a direção da emissora, mas contribuiu para o sucesso do reality. Os participantes seguiram carreiras diferentes: Roberta Beta continuou trabalhando no rádio e na televisão, Francesca Piri se dedicou à transcrição, Sergio Volpini e Lorenzo Battistello ao buffet, Maria Antonietta Tilloca à arte, Marina La Rosa à ficção e programas de televisão, e Rocco Casalino à política.
O impacto do programa foi tão duradouro que consolidou o Big Brother como um um dos formatos mais influentes da televisão italiana.
Big Brother: Como chegou à Itália?
Il formato do Big Brother chegou à Itália graças a Marco Bassetti, então chefe da Endemol Itália, uma subsidiária do grupo holandês Endemol. Conforme relatado no documentário Big Brother – O ComeçoBassetti explicou que a criatividade por trás do projeto nasceu na Holanda, onde o programa foi inicialmente testado em uma emissora de televisão local, alcançando um sucesso inesperado.
Fortalecido pelos dados obtidos também na Espanha, onde o reality show atingiu 45% de share, Bassetti retornou à Itália para propor isso a Giorgio Gori e Pier Silvio BerlusconiApesar das dificuldades iniciais encontradas por John De Mol, o criador do formato, em encontrar uma emissora disposta a transmiti-lo, a oferta gratuita convenceu a emissoraUma vez dado o sinal verde, Bassetti se dedicou à seleção dos concorrentes: milhares de audições foram assistidas, envolvendo até mesmo seus filhos nas escolhas.
O primeiro episódio obteve sucesso modesto, mas a partir do segundo o público italiano rapidamente entendeu o novo tipo de televisão que estava assistindo, confirmando o nascimento de um fenômeno televisivo sem precedentes.