Temas Abordados
Vivemos em um mundo onde a guerra pode eclodir a qualquer momento, e a história de Fatemeh Sakhtemani é um exemplo tangível disso. Arquiteta iraniana, ela enfrentou incertezas e perigos enquanto estava no Irã com seu filho. Sua experiência nos convida a refletir sobre o que significa viver em uma zona de conflito e como o medo pode afetar nosso cotidiano.
Uma jornada cheia de tensão
Fatemeh embarcou em uma jornada de três dias, um misto de angústia e esperança, rumo à fronteira com o Azerbaijão. Sua mente era um turbilhão de pensamentos, especialmente sobre o risco de não poder retornar à Itália. Em um contexto tão instável, os Carabinieri italianos lhe ofereceram segurança, demonstrando que haviam organizado tudo meticulosamente. Mas, apesar dessas promessas, seu filho pequeno percebeu o estresse da situação. De volta a Parma, Fatemeh se lembra do terror que a acompanhou quando as bombas atingiram Teerã. Sua casa, agora distante, é marcada por um conflito que traz à tona traumas do passado.
"Desde o primeiro ataque israelense, meus pais e eu fugimos da capital para o interior", diz ela. As lembranças das sirenes e bombas do Iraque dos anos 1980 assombram sua família, enquanto o conflito atual reacende a dor de um passado jamais esquecido. O medo de perder entes queridos é palpável, mas a determinação de Fatemeh em proteger seu bebê lhe dá a coragem necessária para enfrentar a situação.
A realidade de um ataque iminente
Quando Fatemeh retornou a Teerã, seus planos de viagem foram completamente destruídos. Com a passagem de volta marcada para 17 de junho, suas esperanças foram destruídas quando as bombas começaram a cair. "Eu me senti presa", diz ela, observando que seu objetivo de concluir o processo de cidadania italiana foi colocado em segundo plano, ao lado da sobrevivência. O fechamento do espaço aéreo tornou sua situação ainda mais desesperadora.
O telefonema para a embaixada italiana foi um ponto de virada. Giuseppe, telefonista, respondeu com empatia e humanidade, tranquilizando Fatemeh em um momento de pânico. Sua promessa de ajuda foi um farol de esperança em um mar de incertezas. "Eu não estava sozinha, e isso me deu forças para enfrentar a situação", reflete Fatemeh.
A resiliência de uma mãe
Apesar das dificuldades, Fatemeh tentou manter um ambiente tranquilo para o filho. Brincar e rir juntos era uma forma de lidar com o medo que os cercava. "Eu não queria que meu filho passasse pelo trauma da guerra", confessa. No entanto, a separação dos avós, com quem a criança havia desenvolvido um forte vínculo, tornou a partida ainda mais dolorosa.
Refletindo profundamente sobre sua identidade, Fatemeh conclui: "Sempre me sinto um pouco iraniana". Sua esperança é ver o fim dos conflitos, para que ninguém precise viver com medo. Sua história é um chamado à resiliência humana, um lembrete de que, apesar da adversidade, sempre há maneiras de encontrar luz, mesmo nos momentos mais sombrios.
Lições práticas
A história de Fatemeh nos oferece lições valiosas: a primeira é que a resiliência é essencial em situações de crise. Todo fundador e profissional deve estar pronto para enfrentar a incerteza e encontrar maneiras criativas de se manter calmo e produtivo. Além disso, a solidariedade e o apoio mútuo podem fazer a diferença em tempos difíceis. Por fim, é importante não esquecer o valor da família e dos relacionamentos, que representam um porto seguro mesmo nos momentos mais tempestuosos.