> > Salone del Libro, NetRetail Books: "Para 8 em cada 10 leitores, o comércio eletrônico é apro...

Salão do Livro, NetRetail Books: "Para 8 em cada 10 leitores, o comércio eletrônico os aproxima da leitura"

imagem em destaque padrão 3 1200x900

Roma, 16 de abril (Adnkronos) - A descoberta de novos livros e autores é facilitada pela presença dos canais digitais, que estão cada vez mais assumindo um papel complementar ao canal offline para os italianos, e não apenas na Itália. De fato, 8 em cada 10 leitores italianos, na Itália e no exterior...

Roma, 16 de abril (Adnkronos) – A descoberta de novos livros e autores é facilitada pela presença dos canais digitais, que estão cada vez mais assumindo um papel complementar ao canal offline para os italianos, e não apenas na Itália. De fato, 8 em cada 10 leitores italianos, na Itália e no exterior, acreditam que as lojas online aproximam a leitura de pessoas que vivem em áreas com poucas livrarias; no exterior, três quartos dos compradores de livros em italiano (71,8% da amostra analisada) compraram online, enquanto na Itália um em cada dois lê mais graças ao comércio eletrônico e 65% dos compradores offline consultam pelo menos uma fonte online (valor que no exterior chega a 70%).

Para quem mora em áreas de difícil acesso a livrarias físicas (26% da população italiana), os mecanismos de busca são o canal mais utilizado para descobrir novos títulos (37,2%), seguidos, na ordem, por recomendações de amigos e conhecidos, vitrines, conteúdo em redes sociais e sites de comércio eletrônico. Estes são alguns dos resultados que surgiram do NetRetail Books, um estudo sobre os hábitos de leitura e compras digitais de livros dos italianos, realizado pelo Netcomm, o Consórcio para o Comércio Digital Italiano, que este ano chega à sua segunda edição e, além da edição anterior, apresenta uma nova pesquisa realizada com uma amostra de 1.000 italianos no exterior, além da análise que mostra as mudanças em comparação com a última edição do estudo realizado com uma amostra de 2.000 italianos.

Os resultados da pesquisa serão discutidos hoje, 16 de maio, às 15h, na Feira Internacional do Livro de Turim, na Sala Lisboa do Centro de Congressos. “A segunda edição do NetRetail Books confirma o papel estratégico do digital na ampliação do acesso à cultura por meio dos livros” – comenta Roberto Liscia, presidente da Netcomm –. Os dados mostram claramente como o comércio eletrônico não substitui as livrarias físicas, mas as complementa de forma complementar e virtuosa, permitindo que os italianos, tanto no país quanto no exterior, usem as lojas online para conhecer e comprar novos títulos. Isso é particularmente evidente em áreas onde o acesso a uma loja física é difícil – como áreas rurais e países estrangeiros onde vivem muitos de nossos compatriotas e onde o acesso a títulos em sua língua nativa é muito limitado. Nesses contextos, mecanismos de busca, conteúdo de mídia social e sites de comércio eletrônico ajudam tanto os leitores a satisfazer suas necessidades culturais quanto as editoras a expandir o mercado editorial. As ferramentas digitais tornam-se, assim, aliadas da cultura e, ao mesmo tempo, do crescimento econômico do setor, apoiando o consumo.

"A pesquisa nos permite confirmar e atualizar um aspecto importante das mudanças em curso nas formas como os leitores se informam e compram livros, sejam eles impressos ou digitais: a multicanalidade, que contribui para as escolhas de qual livro ler e onde comprá-lo, em qual formato (impresso, digital, formato de áudio) - afirma Giovanni Peresson, diretor do Centro de Estudos AIE. E isso é verdade na Itália, mas também entre aqueles que leem livros e autores italianos no exterior. Isso, por sua vez, tem outros efeitos. As classificações sociodemográficas tradicionais abrem espaço para novas segmentações e tipologias do leitor e do cliente. Elas exigem novos perfis e competências profissionais da cadeia de suprimentos, tanto na comunicação quanto na gestão logística do produto. A comunicação social - e o TikTok e o Instagram em particular - não deixa de influenciar o crescimento das quotas de mercado das diferentes formas de narração e as de gênero, em particular, no desenvolvimento do próprio comércio eletrônico, que, por sua natureza, é mais rápido em captar fenômenos emergentes desde o início. É bom que todos os atores envolvidos nessas novas inter-relações estejam cientes dessas novas inter-relações. Operando na cadeia de suprimentos, temos consciência. Uma consciência que só pode surgir da observação do mercado e de pesquisas não ocasionais.

"A integração entre canais físicos e digitais na publicação, tanto para a compra quanto para a escolha do que ler, nos permite responder às diferentes necessidades dos leitores, em diferentes momentos de suas vidas e de seus dias", observa Paola Di Giampaolo, chefe de planejamento e desenvolvimento da Masters BookTelling, Professione Editoria e Children's Books & Co. da Università Cattolica. "Ampliamos a oferta cultural, tornando uma grande variedade de gêneros, autores e títulos acessíveis a um público mais amplo, alcançando também aqueles que têm dificuldade de acesso ou vivem no exterior. Essa sinergia também representa um recurso para o renascimento de encontros e espaços físicos, pense nas comunidades que, graças ao boca a boca digital, se encontram no mundo real, lotam (ou organizam) eventos em livrarias e festivais, participam de grupos e "retiros" de leitura desligando seus celulares. Sem mencionar que essa sinergia cria novas oportunidades de trabalho para aqueles que sabem viver essa mudança e têm as habilidades para fazê-lo." Os italianos compram livros por meio de vários canais (e frequentemente obtêm informações on-line). A pesquisa sobre hábitos de leitura na Itália revelou uma tendência cada vez mais forte em direção à multicanalidade nos hábitos de compra de livros.

56,3% da amostra, representando 24,9 milhões de indivíduos, compraram pelo menos um livro em uma loja online ou física nos últimos 12 meses. Destes, mais da metade, 57%, compraram tanto online quanto offline, com apenas 20,6% e 20,3% comprando exclusivamente online e offline. Mesmo para os leitores que compram apenas em lojas físicas, os canais online representam um importante ponto de referência para a escolha de um livro, desempenhando um papel complementar e de apoio às livrarias: 65% dessa categoria de entrevistados consultam pelo menos uma fonte online, em especial mecanismos de busca (24,7%), resenhas em redes sociais e blogs (19,3%) e sites de comércio eletrônico (12,9%) antes de comprar em livrarias. Italianos no exterior: o papel do digital no acesso a obras em italiano Este ano, a pesquisa da NetRetail Books também inclui a análise de uma amostra de italianos que vivem no exterior: em comparação com a amostra analisada, 71,8% dos italianos no exterior compraram pelo menos um título italiano nos últimos 12 meses: destes, três quartos compraram o título online e um quarto offline. Esta análise destacou o papel central do digital, e em particular do comércio eletrônico, nas escolhas de leitura dos italianos no exterior e na manutenção do contato com a cultura “Made in Italy”.

Os canais digitais, de fato, influenciam as escolhas de leitura de 70,7% da amostra, e 79,8% dos italianos no exterior, de fato, concordam que, graças às livrarias online, é mais fácil para um residente no exterior acessar livros em sua língua nativa. O papel do digital no acesso à leitura na Itália A pesquisa sobre hábitos de leitura na Itália revelou, de fato, como o canal digital desempenha um papel complementar na facilitação do acesso à leitura também na Itália, especialmente em áreas de difícil acesso a bibliotecas, proporcionando assim um impacto positivo no setor livreiro. De fato, para um quarto da população italiana, chegar a uma loja que venda livros não é nada ou não é muito fácil, com maior incidência nas ilhas (33,2% desse segmento da amostra acredita que sim) e nos centros urbanos com menos de 10.000 habitantes (37% desse segmento acredita que sim). Em geral, entre aqueles que acreditam ter difícil acesso às bibliotecas (26% da população italiana), os mecanismos de busca são o canal mais utilizado para descobrir novos títulos (37,2%, contra 30,1% do terceiro lugar para aqueles com fácil acesso); seguido em segundo lugar pelos conselhos de amigos e conhecidos (33,6%).

Até mesmo sites e aplicativos de comércio eletrônico, juntamente com outras ferramentas digitais, são mais preferidos por aqueles com problemas de acessibilidade: 74% dos italianos acreditam que as soluções tecnológicas oferecidas pelo digital tornam os livros acessíveis até mesmo para pessoas com dificuldades de leitura devido, por exemplo, a deficiências visuais e motoras, dificuldades de aprendizagem e barreiras linguísticas. Uma evidência percebida com o aumento da idade Analisando a amostra geral de entrevistados, cerca de 8 em cada 10 leitores concordam que as lojas online aproximam a leitura de pessoas que vivem em áreas com poucas livrarias. Essa opinião se torna mais difundida com o aumento da idade: esse número atinge percentuais acima de 85%, principalmente entre leitores com mais de 55 anos e 87,5% com mais de 64 anos. Além disso, 2 em cada 3 leitores (62,9%) concordam que as lojas online são complementares às livrarias e, novamente, esse é um aspecto que se destaca mais com o aumento da idade, com um pico de 72,7% entre os maiores de 64 anos. E os jovens? Grandes compradores de livros em qualquer canal, ajudados pelo online a ler mais Os menores de 25 anos são a faixa etária com maior propensão a comprar livros em qualquer canal, tanto online quanto offline: 65,9% deles compraram pelo menos um livro no último ano, seguidos pela faixa etária de 35 a 44 anos, com 64,1%, e, em terceiro lugar, pela faixa etária de 25 a 34 anos, com 62,8%.

Esta faixa etária (25-34 anos) vivencia o digital como um meio que lhe permite ler mais, independentemente de haver ou não livrarias (57% dos jovens de trinta anos declaram que graças às lojas online leem mais, contra 51,8% do total da amostra) e também escrever (50,9% dos jovens de trinta anos, contra 42,4% do total). O que os italianos leem: o comércio eletrônico facilita a descoberta de títulos de nicho Embora os gêneros mais populares entre os leitores incluam romances policiais (19,3%), ficção italiana (12,8%) e histórias em quadrinhos (10,7%), os leitores on-line preferem gêneros mais específicos que podem se beneficiar do efeito de cauda longa típico das vendas via comércio eletrônico. O gênero mais comprado, aliás, é o “Outro”, ou seja, ensaios, livros sobre religião, filosofia, crescimento pessoal, formação e viagens (que juntos chegam a 17,2%) e, depois dos inevitáveis ​​Ficção Policial e Thriller, a Literatura Italiana e Estrangeira vêm em terceiro e quarto lugar. Para os italianos no exterior, o comércio eletrônico apoia o Made in Italy: o gênero mais lido é a ficção italiana, com um aumento de 29 pontos percentuais em relação à Itália.

Descobrindo novos autores e incentivando-os a escrever, o papel do digital além de facilitar o acesso aos livros e ampliar as oportunidades de leitura, o digital também se confirma como um incentivo à escrita e um trampolim para novos autores, oferecendo-lhes a oportunidade de se darem a conhecer a um público mais amplo. Segundo 63,2% dos leitores, o digital representa uma importante vitrine para escritores emergentes. Além disso, 42,4% dos entrevistados afirmaram que a democratização trazida pelo digital os estimula a escrever e a se aproximar do mundo editorial, um sinal de como a evolução do mercado livreiro, cada vez mais digital e multicanal, influencia também a produção de conteúdo e o nascimento de novas vozes no panorama literário. Em resumo: os três tipos de leitores italianos com base em seus hábitos de pesquisa e compra A segmentação da amostra de leitores com base nos pontos de contato por meio dos quais descobrem novos livros levou à definição de três grupos de leitores, encontrando uma correspondência entre o crescimento da propensão à leitura e o crescimento da complexidade da abordagem multicanal, composta por experiências cada vez mais aprofundadas, tanto online quanto offline. 57,9% da amostra corresponde ao leitor espontâneo, ou seja, a um leitor predominantemente fraco (menos de 4 livros por ano), que reside em áreas de difícil acesso a livrarias e busca livros por um caminho mais simples que tem como primeiro contato o boca a boca de amigos e parentes, seguido do uso de mecanismos de busca e visualização de vitrines, chegando à compra principalmente offline.

25,2% da amostra corresponde ao leitor funcional: trata-se de um tipo de leitor médio ou forte, caracterizado por uma pesquisa pragmática e predominantemente digital que se realiza primeiramente em sites de comércio eletrônico e mecanismos de busca e, em terceiro lugar, por meio de vitrines de livrarias. O leitor funcional então finaliza a compra preferencialmente online. 16,8% da amostra é composta por leitores experienciais: leem mais de 11 livros por ano e têm uma abordagem mais marcadamente multicanal. Como ponto de contato, privilegia primeiramente os encontros presenciais com os autores, enquanto na segunda e terceira rodada utiliza ferramentas digitais mais especializadas, como chatbots ou aconselhamento nas redes sociais dos próprios autores, editoras e lojas. A compra então ocorre de forma indiferente nos dois canais. A pesquisa NetRetail Books – Hábitos de leitura e compras de livros digitais dos italianos – realizada com o apoio da Amazon, pode ser consultada no link: