Roma, 12 de junho (Salute Adnkronos) – "Uso lentes intraoculares fácicas (Icl) há quase 30 anos, pois elas me deram muitas garantias ao longo do tempo, tanto pela alta compatibilidade do material quanto pelas mudanças feitas para melhorar a qualidade do produto, o design, o formato e o diâmetro. É muito importante para nós, cirurgiões, saber que o produto", além de fazer você enxergar bem novamente, "em um dia, dura muito tempo no olho e não causa nenhum incômodo, nem efeitos colaterais".
Lucio Buratto, oftalmologista, diretor médico e cirurgião da Neovision Cliniche Oculistiche, em Milão, um dos pioneiros a experimentar essa cirurgia para o tratamento de pacientes com miopia, explica que "depois de selecionar cuidadosamente os pacientes, fico muito tranquilo. O produto que usamos tem uma qualidade visual muito, muito boa, mas, acima de tudo, é muito biocompatível. O paciente o tolera muito bem". É claro que "como todos os procedimentos, deve ser bem realizado", acrescenta. "Acredito que isso se aplique a tudo: tanto ao dirigir quanto à cirurgia. Uma vez realizada a cirurgia, o paciente dificilmente consegue enxergar, pois não precisa de muitos exames. Basta verificar a retina e a situação do olho de vez em quando, mas eu diria que a verificação do cristalino é quase marginal".
"Quase sempre colocamos lentes ICL em míopes", explica o cirurgião, "em míopes graves, com certeza, em míopes médios com muita frequência e, às vezes, até em míopes mais leves. É uma lente que vem ganhando cada vez mais espaço em comparação com a cirurgia refrativa, porque não modifica os tecidos, não altera a situação do olho e, na verdade, é reversível se o paciente não estiver satisfeito. Mas, na minha experiência até agora, isso nunca aconteceu."
Em geral, "se operamos um paciente com miopia de 2 a 3 dioptrias", especifica Buratto, "os procedimentos a laser são definitivamente os melhores. Se operamos com 6 a 7 dioptrias, a qualidade visual que a Icl oferece é superior à de um procedimento refrativo a laser. Portanto, é preciso avaliar o olho, as situações. No paciente com miopia mais grave", ressalta, "não há outro procedimento. É um procedimento para míopes de 10, 15 e até 20 dioptrias que funciona muito bem. Obviamente, é preciso fazer todos os exames oftalmológicos para saber quais são as diferentes características: a profundidade do olho, o comprimento, o diâmetro, o raio de curvatura. Com base nesses dados, encomenda-se a lente personalizada para cada paciente, e este também é um aspecto importante, na minha opinião".
Voltando à cirurgia, "nas mãos de especialistas é muito simples, até curto, dura cerca de 10 minutos", descreve o oftalmologista. "Um pequeno orifício é feito na parte temporal do olho, uma substância protetora é introduzida, a lente é posicionada corretamente, a substância protetora é removida e não são dados pontos. Espero que, por um ou dois dias, a visão do paciente fique um pouco embaçada porque ele acabou de ser operado, porque a pupila está dilatada, etc. Mas no segundo dia após a cirurgia ele já enxerga bem e está sem óculos. Eu não opero pacientes míopes a menos que eu tenha quase certeza absoluta de que conseguirei remover os óculos, e com essas lentes Icl", conclui Buratto, "eu consigo".
Isso é confirmado por Chiara, uma paciente que, menos de um mês após a operação, lembra que "até o pré-operatório foi muito tranquilo, porque as instruções dadas foram muito claras. Eu era muito míope", diz ela, "então me aconselharam a recorrer a esse procedimento em vez do laser, que teria removido muito tecido do meu olho". A operação "me permitiu manter meu olho intacto e, já no dia seguinte, eu conseguia enxergar muito bem, não sentia dor. Comparando-me com amigas que fizeram o laser, descobri que", em comparação a elas, "que tiveram um pós-operatório bastante incômodo, o meu não foi nada disso. Na tarde seguinte à operação", diz ela, "saí de óculos escuros, tranquilamente. Agora é um sonho, no sentido de que me levanto, consigo enxergar, não preciso mais usar lentes de contato".